21 de janeiro de 2010

Resquício de reconhecimento

Talvez o termo "resquício" menospreze um pouco o que vem a seguir. Como é o primeiro reconhecimento espontâneo que recebo por parte de um escritor, vou tratá-lo assim. Quem sabe na sequência dos atos vire um poço disso, né?
Como fora lido, mantive um gostoso contato com o Nei Duclós. Eis que ele publicou em seu blog nosso diálogo. É realmente para ficar satisfeito!
Aproveitando esse tema, lembrei de algumas coisas muito interessantes: fui aluno do Luis Antônio de Assis Brasil, esse mesmo que todo mundo lê na escola, como leitura obrigatória para vestibular, como aquele que ganha concursos e tal. Ele tem um baita trabalho na formulação de textos, uma busca histórica fascinante para a construção de enredos e personagens. No entanto, não é um texto que realmente me encanta. Não fico abismado ou plenamente deliciado quando o leio. Li em outros tempos o Concerto campestre, Anais da província-boi, Cães da província e alguns fragmentos do A prole do corvo. Certa vez, convidei-o para palestrar no curso pré-vestibular em que trabalhava, para tratar da então novidade da UFRGS, que era o Concerto. Muito gentil e cordial, pediu para que houvesse a palestra em forma de diálogo, a fim de explorar melhor a obra. Como as perguntas não vinham, fomos obrigados a falar um pouco de sua obra, para então essas aparecerem. Foi um papo muito bom, mas aquela sensação de que não tratava sobre obras que realmente me agradavam pairava constantemente. Enfim, apesar da grande experiência - minha primeira mediação de palestra e com um autor de renome -, queria que pudesse gostar um pouco mais desse cara que é tão lido.
Enquanto isso, o outro, que andava fora do circuito de leituras, foi realmente muito bom de lê-lo. É uma pena que não more em Porto Alegre e não consiga levá-lo para uma entrevista em escola, quem sabe até adotar uma leitura sua. Custa grana e as instituições escolares não tem pago esse tipo de evento.
Se bem que não é nada que a internet não resolva, afinal, pra que servem webcam e microfone, né?


Se quiseres ler o que Nei Duclós expôs, clique aqui.

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