2 de janeiro de 2010

2010

De volta a Porto Alegre, noto a ausência das pessoas: ruas vazias, poucos carros estacionados, movimento baixo. Vou levar um X-Salada pra Bibiana almoçar e, imagino, meu pedido será rápido. Sentarei no carro e, em poucos minutos, estarei no hospital, entregando-lhe o lanche.
Esse fragmento, na verdade, me faz repensar meu lado além. Meu lado escritor. Li os comentários do Gabriel apenas hoje, mas fiquei pensando durante o feriadão sobre essa missão. Tive mais de uma ideia, inclusive sobre como publicá-la. Poderia ser no jornal da escola, que possivelmente faremos nesse ano; quem sabe num outro blog, já intitulado pelo texto. Não sei ainda, mas já imagino o enredo: a personagem sentada, num primeiro capítulo, à frente da psicóloga, explicando quem ele era; num segundo, à frente do delegado, explicando como era a vida com a outra personagem; num terceiro, falando com ela, aquela a quem matou. O enredo não pode ser apenas isso, naturalmente: uma Porto Alegre perdida, quem sabe; uma cidade fictícia de constantes problemas; ou um ambiente comum, do dia a dia, mas com um submundo a ser descoberto. A mulher não pode ser qualquer uma: recriar a vida de uma pessoa reconhecida, uma atriz, por exemplo. Acho que ficaria bom.
Como já adentramos 2010, podemos fazer dele o ano em que voltaremos ao outro lado de nós mesmos, buscando, através da ficção, mostrar ideias sobre o mundo. Quem sabe possa dar certo...

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