Eis o texto, publicado na Revista Bula.
Por que Avatar é idiota
Quase apanhei de minha esposa e filhas, quando souberam que eu chamei as pessoas que gostaram de "Avatar" de submentais. O que não me deixou surpreso, já que são mulheres, portanto cabeças de vento por excelência. Cabeças de vento dão desconto pra tudo em nome do “gracinha” ou “que bonitinho”. O exemplo clássico é um poodle irritantemente latidor, merecedor de uma laringectomia sem anestesia. Se for “bonitinho”, “gracinha”, está perdoado.
Quem melhor expressou em palavras a imbecilidade de "Avatar" foi Luiz Felipe Pondé, o melhor colunista da Folha de São Paulo (alguém que vai além da mera sinceridade, suspeito é que tem prazer em ser desagradável mesmo). Ele o fez em duas colunas, “O romantismo idiota de Avatar” e “Viva o Brasil capitalista!”. Esta segunda não fala do filme, mas serve bem ao propósito.
A ideia central de “O romantismo idiota de Avatar” é a incoerência da natureza selvagem como “bonitinha”. Em “Viva o Brasil capitalista!” Pondé comenta um livro (“Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, Leandro Narloch, Ed. Leya) em que confronta a moda intelectual pseudoesquerdista do momento, pela qual os portugueses teriam sido “invasores”, quando na verdade foram “libertadores” de nossa condição primitiva (“nossa” como se fosse possível falar em “brasileiro” desconsiderando a mistura portuguesa). Quando duas culturas trombam de frente, vence a mais avançada. E “mais avançada” é bom, a despeito do que pensem primitivistas teóricos (primitivistas teóricos sabem tudo sobre culturas primitivas, de dentro de suas fartas bibliotecas com ar-condicionado e o Google, que ninguém é de ferro). Se há algo que brasileiros devemos lamentar é que os portugueses, e não os ingleses, nos tenham achado primeiro (e olha que sou descendente direto de portugueses, da cidade de Mira, pra ser específico). Nada, nada, falaríamos uma língua mais inteligente e universal.
Quem melhor expressou em palavras a imbecilidade de "Avatar" foi Luiz Felipe Pondé, o melhor colunista da Folha de São Paulo (alguém que vai além da mera sinceridade, suspeito é que tem prazer em ser desagradável mesmo). Ele o fez em duas colunas, “O romantismo idiota de Avatar” e “Viva o Brasil capitalista!”. Esta segunda não fala do filme, mas serve bem ao propósito.
A ideia central de “O romantismo idiota de Avatar” é a incoerência da natureza selvagem como “bonitinha”. Em “Viva o Brasil capitalista!” Pondé comenta um livro (“Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, Leandro Narloch, Ed. Leya) em que confronta a moda intelectual pseudoesquerdista do momento, pela qual os portugueses teriam sido “invasores”, quando na verdade foram “libertadores” de nossa condição primitiva (“nossa” como se fosse possível falar em “brasileiro” desconsiderando a mistura portuguesa). Quando duas culturas trombam de frente, vence a mais avançada. E “mais avançada” é bom, a despeito do que pensem primitivistas teóricos (primitivistas teóricos sabem tudo sobre culturas primitivas, de dentro de suas fartas bibliotecas com ar-condicionado e o Google, que ninguém é de ferro). Se há algo que brasileiros devemos lamentar é que os portugueses, e não os ingleses, nos tenham achado primeiro (e olha que sou descendente direto de portugueses, da cidade de Mira, pra ser específico). Nada, nada, falaríamos uma língua mais inteligente e universal.
Nada de redação sobre Avatar pra mim então. SUIAHIUSHA Não posso dar minha opinião porque ainda não vi o filme, pretendo ver essa semana se arranjar tempo. :D
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