É sabido por parte de alguns elementos que pretendo realizar minha tese de doutorado envolvendo a literatura com o heavy metal - apesar de estar tendo algumas ideias mirabolantes nos últimos tempos. Nos últimos dias, assenti mais a ideia, ainda mais após ter escutado algumas bandinhas que nem fazia ideia da existência, como Saurom Lamderth, Soulspell e Dragonfly.
Dificilmente vemos música metal em outra língua que não o inglês. Bandas brasileiras, suecas, finlandesas, alemãs, holandesas e outras puxam um sotaque britânico ou americanizado para suas cantorias. Soulspell também o faz. Além disso, através das letras, criou um enredo que nos faz acompanhar todas as músicas apenas para saber o final da história. Já se fizera isso no Temple of shadows, do Angra, em que se narra a aventura de um guerreiro da Idade Média e seus conflitos sobre seguir o que os católicos querem e o que julga correto.
A banda Blind Guardian também o faz, ao representar o Silmarillion, de J.R.R. Tolkien, no álbum Nightfall in the Middle-Earth. Conta-se a história da formação da Terra-Média, seus principais personagens e suas vidas. Já em língua espanhola, o Saurom Lamderth conta O senhor dos anéis. Narra desde o concílio do anel até a queda de Sauron, destacando heróis como Aragorn e o próprio Frodo. Sâo narrativas interessantes não apenas para serem lidas, mas escutadas.
Outra banda muito curiosa é a Dragonfly. Metal espanhol eu não conhecia e, diga-se de passagem, gostei muito do que escutei. Não que contenha histórias compostas por algum álbum, mas a estrutura das músicas faz o mesmo que Nightwish já fizera: lança-se curtas histórias de personagens ou de lugares, remontando aspectos míticos e sociais. Vale a pena escutar!
Enquanto isso, aqui no litoral, vou pegar o note e escutar alguns desses elementos. Afinal, não dá pra aguentar só funk e pagode no ouvido o tempo inteiro.
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