6 de janeiro de 2010

Festa Junina Literária

Hoje é meu último dia de trabalho na escola, considerando ainda a temporada 2009. Estou entrando de férias hoje, não sem antes corrigir alguns textos, como de praxe. Assim, aproveito o momento para relembrar de um dos trabalhos que fizeram bastante sucesso esse ano.
Festa Junina Literária. Ideia meio maluca, a princípio. Só de pensar em pegar uma turma, fazê-la organizar um evento que necessita de espaço, caracterizações, jogos bolados por eles e, ainda por cima, tendo de relacionar tudo com a Literatura, já era difícil. No fim das contas, não foi.
As minhas vítimas do ano passado foram da turma 201. Por que eles? Bom, talvez a relação bastante harmoniosa que mantive com a maioria desde o primeiro ano facilitou a escolha. Os da 301 já estavam de saída; dos educandos dos primeiros anos, ainda não sabia de suas produções. Deveria ser com eles.
Mais do que organizar esse evento, a aproximação entre as criaturas foi bastante grande. Um deles, ao final de tudo, revelou: "o que mais contou pra que tudo desse certo foi termos nos unido". É bem provável. Eles foram divididos em grupos para organização dos jogos, mas todos colaboraram com a montagem da localidade. Imaginem uma grande sala, espaçosa pra uma aula comum. Nela, quase trinta pessoas pra montar o trabalho. Depois, receber outras 30, 40, 50 que fossem jogar com eles. Cerca de 80 a 90 pessoas dentro de uma sala. Jogos? Confusão? Não, não: muita organização e empenho!
Caracterizaram-se de acordo com personagens literários, fossem infantis ou adultos. Apareceram Chapeuzinho Vermelho, Emília, Vampira, bem como o delegado de Canibais, do David Coimbra, ou Mayer Guinzburg, de Exército de um homem só, do Moacyr Scliar. Dividiram a sala em cinco pontos, nos quais havia os jogos: bingo literário, Show do Livrão, entre outros. Para que as outras turmas pudessem participar, não fora cobrada a entrada, mas se pediu a colaboração de um livro, o qual doaríamos a alguma biblioteca. Recebemos cerca de cem livros. Cerca de dez turmas frequentaram o ambiente, em horários distintos. A gurizada cansou, mas souberam realizar todo o trabalho com bastante afinco.
Não precisamos ficar presos apenas à sala de aula. É importante também vermos bons conteúdos, boas reflexões e bons exercícios. Ainda assim, é fundamental que saibamos encontrar momentos em que possamos proporcionar não apenas o aprendizado individual, mas o coletivo e suas sociabilidades. O que era uma turma resultada de um primeiro ano bastante difícil tornou-se expectativa de um grande terceiro ano. Agora, é esperar pra ver.

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