Já há alguns posts, falei sobre os problemas do ser humano, seja na questão da fidelidade, no interesse, na ganância. Refiro-me principalmente quando tratei sobre Sempre ao seu lado e sobre o Gênesis. O que me intriga ainda mais é perceber como o homem se desmonta totalmente nessas produções artísticas.
Fui ao cinema ver Avatar. Muito bem feito. É uma produção de sensibilidade muito alta pras questões da natureza, pras relações do homem com a mesma e entre si. Só que os personagens que realmente demonstram esse valor não são humanos. A Terra destruiu sua natureza e uma série de outros planetas são objetos de cobiça, devido aos seus elementos naturais. No caso do enredo, Pandora é um planeta cuja produção de certo material renderia US$ 20 bilhões por quilo. Nada desprezível. O grande problema é que deveriam ser expulsos da região os nativos, para que pudessem se adonar de tudo.
Não vou especificar sobre as personagens e suas relações, pois não vem ao caso agora. Interessante é afirmar que o homem perde a batalha, é preso e expulso à Terra. Previsível o final, mas remonta o que sempre fora a história: o homem vencia, mesmo com grandes dificuldades, mesmo com passos mágicos, como num Independence Day, Tropas Estelares ou Fim dos tempos. Novamente, a cobiça e a ganância humana são altamente questionadas, fazendo-os serem derrotados por nativos de muita inteligência, mas de pouca tecnologia - o que os outros tinham ao extremo. O desconhecimento dos terráqueos sobre a natureza de Pandora - a íntima relação entre os elementos: na'mis e outras tribos, animais, plantas - fez com que perdessem tudo. Houve inclusive o desejo de algumas personagens em se tornarem na'mis, pois perceberam que a vida daquela forma era muito mais humana do que com os próprios homens.
A vontade do homem em ser levado adiante pelo dinheiro é sempre destrutiva. Vide Amazônia, a falta de água potável, o aquecimento global. Talvez esses filmes não consigam realmente afetar as mentes alheias, entretanto nos mostram que a nossa Terra terá problemas realmente sérios adiante. Wall-E também já avisara. O dia em que a Terra parou também. O dia depois de amanhã idem. Podemos crer que é mera ficção científica, ou mexermos nossos corpos em busca de algo melhor.
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