25 de fevereiro de 2010

Das discussões: processo de conscientização

Acho que hoje houve uma das melhores aulas de estreia de disciplina que já tive. Numa turma que parecia um tanto apática no primeiro dia a uma série de ideias diferentes e relevantes sobre temas contemporâneos, apresentei um pouquinho do que deve ser a argumentação e as posições críticas a serem criadas por cada educando.
Dentre os temas levantados, naturalmente o das drogas ocorreu. Naturalmente, pois é ao menos tempo tão constante a bomba de informações a respeito e tão fugaz o quanto pensamos nisso. De qualquer forma, vários elementos presentes abriram a boca pra falar coisas interessantíssimas: de quem é a culpa? Que faz alguém se drogar? Por que não cai fora? Há tranquilidade num meio de tráfico? As respostas dificilmente eram dadas, pois ainda falta bastante base pra chegar às conclusões, contudo a vontade de expor ideias e a compreensão daquilo que se tinha em mãos foi o mais divertido de perceber.
Talvez a própria vontade de falar seja um aspecto que os leve a penetrar nesse processo de conscientização: se eu falo, alguém - teoricamente - me escuta; logo, reflito, através da compreensão dos fatos, para chegar à conclusão; assim, quero expor o que penso. Um sistema cíclico, mas possível e rentável para cada um. Se todos os meus alunos chegarem a tal processo, já me sentirei realizado. Espero que não pensem que tudo se tornará tão fácil ao ponto de deixar de lado esses pensamentos e se preocupar com o nível de dificuldade a mais que quererão enfrentar.

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