21 de abril de 2010

Um grito de socorro no meio das palavras ou das inoperâncias amorosas

De momentos em momentos, somos prostrados por situações de resoluções imediatas. Não seguro de um lance que, pelo pensamento ou pela sorte, pode determinar o futuro da situação, chega-se a conclusões nem sempre tão doces quanto se gostaria. Num mar de lampejos e dificuldades, as ações tendem a enveredar por aquilo que dificilmente ansiamos.
Um diálogo, uma discussão ou uma briga agregam diferentes significados. Em verdade, são níveis de abstração na relação entre dois elementos. Sim, abstração. Quanto menos palpável é o diálogo, menos fácil se torna a conclusão, mais simples de retomarmos outras situações é possível. Pelo lado empírito, sempre se resolutará pelo que melhor se assemelha; pelo lado científico, aquilo que é o melhor para todos.
Assim, não há espaço para que, num diálogo, mantenhamos apenas um breve silêncio, um espaço de quietude absoluto. Concordo. O problema se dá quando um grito é reflexo da inoperância amorosa, da falta de vermos um pouco mais do outro em nosso discurso. De uma singela homenagem pode-se tirar grandes transtornos, dependendo da colocação que é feita. E o efeito de uma palavra mal colocada sempre gerará um novo distúrbio.
Há de se ter vontade, amor e muita paciência para a relação com o outro. Se num vago momento somos capazes de felicidades imensas, não há porque noutro tudo ser destituído e transformado em ato falho: um coração não é uma pedra ou um texto científico. Por um lado, porque sente; por outro, porque não é passível de comprovações em teses. Simplesmente existe.

Um comentário:

  1. Há momentos em que sutilezas tornam-se ridículas, quando no momento, há uma enorme sede de objetivismo e ações!

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