26 de dezembro de 2009

Rumo ao estrelato

Diversos estudos vem enfatizando a questão da narrativa em games. Tive um colega, na época em que fazia especialização, que montava sua dissertação sobre tal assunto. Passei a me interessar sobre o assunto e refleti algumas vezes.
Pedi que alguns alunos realizassem trabalhos que aproximassem literatura e videogame, justamente pra identificar isso. Apareceram vários: Bully, Warcraft, Devil May Cry, God of War, etc. O problema é que identificavam aproximações apenas com referenciais, como a mitologia, a criação a partir de uma obra ou coisas do gênero. Ninguém falou que, cada vez que avançava mais no jogo, se constituía uma história, se transformava a visão de cada detalhe através das ações realizadas pelo personagem, comandado pelo jogador.
Até em jogos menos complexos e de grande popularidade há ocorrências: quem joga as últimas versões do Pro Evolution Soccer - eu, ao menos, tenho do PS2 - encontra a opção Rumo ao estrelato. Tu configuras um jogador, joga por um clube simples e será observado pelos maiores. De acordo com teu desempenho, será chamado. Assim, constitui uma carreira. É simples, mas também é uma construção narrativa. Não se compara a tudo que podes fazer num jogo antigo como Sincity ou Afterlife, ou os mais recentes, como Age of mithology e derivados, mas nasce uma história.
Tem gente que acha que videogame é só desvio de pensamento, não concorda que possa ser aprendizado. Inclusive é por isso que há jogos proibidos: suscitam pensamentos e ações. Dever-se-ia aproveitar a questão dos jogos realmente como aprendizado para ilustrar como são as condições de vida através das montagens narrativas.

 

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