Sou entusiasta do turno integral. Gostaria de tê-lo hoje, de estar trabalhando hoje nisso. De repente, nem estivesse na frente do computador escrevendo no blog se já existisse para mim um turno integral no Ensino Médio. Ao que me consta, ademais, há quem também comungue desse pensamento: os educandos.
Na Zero Hora de hoje, foi publicado o ponto de vista dos educandos sobre a educação em turno integral. Achei muito interessante uma menina, creio que do Anchieta, ter dito que ela deve optar, em Artes, por Música, Artes Plásticas ou Teatro, quando ela gostaria de fazer todas. Outra moça disse que queria ver aumentadas as horas de Língua Inglesa, pois tem apenas uma durante a semana. Talvez a escassez do tempo ainda seja o principal fator para mostrar que deve existir um outro turno.
Durante o intervalo, conversei com alguns colegas sobre essa questão. Todos a favor da existência de um novo turno de trabalho. Não simplesmente por ser mais trabalho, por ganhar mais ou algo do gênero - que será consequência, mas por trazer o aluno para sala de aula não por mero divertimento, e sim como um tempo de proveito para a convivência, para o estudo e para o crescimento. Oficinas de Literatura, Cinema, Física; reforço escolar obrigatório, mas com opções de frequência, de acordo com a necessidade; recreação, atividades esportivas, queimar calorias. A gurizada tem muita energia e a escola - não a minha, mas enquanto estrutura social - ainda não acompanha tudo que eles precisam.
Fica o convite à reflexão: vale a pena ou não termos esse novo turno? Ilustrar ao educando e aos seus pais as reais vantagens - e as desvantagens também - de um sistema assim pode gerar um debate muito interessante. Quem sabe, adiante, teremos uma mudança na esfera escolar para que haja educandos cada vez mais capacitados e felizes pelo seu melhor desenvolvimento. O chato é vermos pessoas querendo mais e ninguém oferecendo isso a elas.
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