Lembro-me da faculdade. Folhetim Só Letrando. O Luciano e eu fazíamos com afinco. Ele tinha serigrafia, reproduzia tudo em casa - ou na ZH, onde ele trabalhava. Os assuntos do mundo acadêmico - mais especificamente o das Letras - passavam pela gente. Como eu era bolsista, tinha acesso a inúmeras informações, fossem de reuniões, cursos de extensão, linhas de pesquisa ou pesquisas novas etc. Formulávamos textos até inconsequentes, como um editorial sobre o qual fui chamado na coordenação para responder. Áureos tempos.
Agora, minha turma de terceiro ano produzirá o jornal da escola. Não todos, uma parte interessada e que pode frequentar reuniões, mas que se deonstraram muito interessados no assunto. Teremos conselho editorial, repórteres e diagramadores, no mínimo. Caso haja necessidade de mais gente, mais buscaremos. O mais interessante foi notar a vontade de certos elementos em contribuir com esse trabalho. A velha necessidade de falar, de expor o que pensa, de trazer aquilo que sente ao conhecimento alheio. A exposição sempre foi um fraco do homem, pois, desde as relações mais remotas, houve a busca por conhecer o outro e reconhecê-lo no meio. Com isso, imagino que teremos um bom trabalho pela frente.
Haverá um blog para tal trabalho. Será mais uma forma de expor um pouco sobre os assuntos, complementando aquilo que não pudermos colocar em folha. Será um espaço para que todos exponham seus pontos de vista, discutam com os colegas sobre o que lá estiver, para promover um grande debate sobre temas contemporâneos. Através disso, não apenas os educandos do terceiro ano realizarão o jornal, mas toda comunidade escolar, travando uma grande discussão e promovendo o crescimento mútuo, seja do jornal, dos colaboradores, dos leitores ou de todos que se envolverem com a escola.
É para ser um trabalho grandioso. A partir de agora, teremos maiores possibilidades de vê-lo realizado, tendo em vista que já recebi o aval da coordenação. Peço que meus queridos estudantes preparem-se, pois em breve teremos a melhor forma de expor pensamentos para o próximo: através de uma escrita simples, contudo dotada de informação, em que encontraremos não só a fofoquinha do cotidiano, mas a possibilidade de crescimento em relação ao próximo e a nós mesmos.
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