Pensar em Natal, para muitos, remete ao presente que ganha ou que dá. Livros, filmes, roupas, jogos, calçados, enfeites: tudo é motivação para gastar e ver alguém deslumbrado com o objeto recebido. É uma pena que há quem esqueça de que essa época, antes de ser uma data consumista, é uma data de reflexão.
Como já mencionei em posts anteriores, fiz planos para 2010. Não brotaram do nada: frutos de reflexão contínua. Ainda assim, voltaram-se apenas para minha atuação profissional. Quero poder ser alguém melhor, contudo. Só que não basta eu chegar a essa conclusão sem ao menos experimentar um pouco a retrospectiva.
O psicólogo Joseph Campbell, autor de várias obras relativas ao mito - dentre as quais destaco O herói de mil faces -, fala que diariamente transgredimos barreiras que, por se tornarem tão comuns em nossa vida, já não percebemos o quão útil ela pode ser para nossa personalidade. Alguém realmente modifica apenas quando sente que tudo que o circula e que age sobre si determina sua vida. Das dificuldades tiramos crescimento, coisa e tal. Para vermos nossa caminhada, nossas mudanças e extrair o bom e o ruim: Natal.
Se eu sou alguém, quem fui no princípio? Se traço metas, por que as busco? Se penso nisso, sei que existo - como proporia Descartes -, mas por que repenso e busco tais conclusões? Para justamente que nossa vida ande e atinjamos nossos ideais.
Quando era pequeno, o Natal era repleto de pessoas e muitos presentes. Independentemente da época financeira vivida pela família, pois o quando o preço não ajudava, vinha a qualidade; quando ajudava, a quantidade. Quem lê deve pensar que tive tudo que podia quando pequeno, mas não era bem assim. O que me restou disso foi o que aprendi: não basta um presente de Natal se ele não vier acompanhado de uma boa dose de reflexão.
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