Anteontem, resolvi que faria algo que já realizei outras duas vezes: um novo pós. Como vocês sabem, fiz toda minha especialização na área de Literatura. Não sairei das Letras, mas vou temporariamente migrar para a Linguística, aquela área dos estudos que se preocupa com a linguagem, as línguas, suas estruturas etc. Inscrevi-me para Assessoria Linguística e Revisão Textual. Não me julgo um mau corretor de textos, mas creio que rever algumas questões sempre servem para crescer.
Resolvi também que em 2010 tentarei uma vaga num curso de Doutorado. É o último nível, teoricamente. Para alguns poucos privilegiados, há o chamado pós-doutoramento, que, se não me engano, é o que usa aquela siglinha famosa, o PhD. Não sei se no Brasil o Philosophical Doctor é o Doutor ou o Pós-Doutor.
Lembrei disso porque há uma discussão muito complicada. Já conversei com vários colegas sobre essa questão de aprofundamento de estudos. A maioria deles julga complicado aprofundá-los devido a questões mercadológicas: dificilmente um professor doutor é chamado para trabalhar numa escola, assim como é difícil um doutor sem muita prática pedagógica ou inúmeros artigos, capítulos de livros ou obras publicadas seja chamado numa universidade. De fato: quando fiz o Mestrado, ganhei uma bolsa CNPq, mas a neguei, pois como já trabalhava em escolas não poderia largá-las para me prender apenas aos estudos. Hoje, há ex-colegas desempregados, mas com titulação que os colocariam em faculdades; há quem se rendeu ao Estado e seu baixo salário, por falta de oportunidades.
Claro que diversos outros atenuantes determinam esses fatos. Em contraposição, há um colega que soube, sem aprofundamento de estudos em pós-graduação, montar um tipo de trabalho que só lhe rende benefícios. Através de projetos de saída de campo, ele conhece escolas, seu trabalho é reconhecido e lhe chamam constantemente para mais realizações. Não há segredo pra isso: trabalho é a palavra-chave. Quem busca desenvolvimento pessoal, independentemente de seu nível de escolaridade, consegue chegar a um grande objetivo.
Eu sonho em trabalhar numa universidade, coordenar grupos de pesquisa, palestrar por aí. Só que, se ninguém souber do que faço ou eu não mostrar nada disso, dificilmente chegarei a tal ponto. Quem sabe alguma hora isso se realiza... Enquanto isso, voltarei minhas atenções pros meus estudos, sem me preocupar se isso realmente reverterá nessas realizações. Afinal, já diz aquele velhíssimo ditado popular: "quem espera..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário