Há momentos em que a dificuldade em entender o próximo prepondera. Surtos de mensagens equivocadamente escritas, num universo de possibilidades de interpretação, dão margem às mais variadas ideias e atrocidades escritas. Mensagens vão e vem, muitas vezes deixando a função do autor totalmente perdida e sem resolução.
Flagrei, dias atrás, uma mensagem altamente suspeita: pessoa desconhecida fala sobre quem desconhece, lançando ideias a seu respeito. Fosse numa análise psicológica, na relação especialista-paciente, seria de se entender; se fosse na busca de elementos textuais da literatura, em que se comprova uma tese pelo discurso elucidado, também não haveria problemas. O problema é a tentativa de incutir ações ao que não há de fato; fato, sim, é a irresponsabilidade da afirmação. Fosse em uma cultura extremista, dependendo sobre quem se falasse, renderia pena de morte - ou, no mínimo, de apedrejamento. Como o ocidentalismo prepondera por essas bandas, uma discussão pode ser travada, mas em nada deve chegar.
O cuidado com as palavras é dever do discursante. Quando o discurso já está formado, o interlocutor passa a ser seu grande foco, tendo em vista que o autor já teria "morrido", como elucidou Barthes, em A morte do autor. Perde-se a pessoalidade na medida em que se interpreta a questão, mas sempre existirá aquele que escreve ou que fala a mensagem. Esse deve ser sempre responsabilizado pelos seus atos.
O cuidado com as palavras é dever do discursante. Quando o discurso já está formado, o interlocutor passa a ser seu grande foco, tendo em vista que o autor já teria "morrido", como elucidou Barthes, em A morte do autor. Perde-se a pessoalidade na medida em que se interpreta a questão, mas sempre existirá aquele que escreve ou que fala a mensagem. Esse deve ser sempre responsabilizado pelos seus atos.
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