Na sexta-feira passada, minha Tia Eni, como de costume, me deu um dinheirinho como presente de aniversário. Ela me dissera pra gastar com o que eu quisesse, da mesma forma doce que me dizia quando era pequeno, ao pegar um brinquedo ou um jogo de videogame e ela dizer pra que eu aproveitasse bem. Assim foi feito: fui à Saraiva do Praia de Belas. Leitor, deves pensar que sou um fanático pela Saraiva. Em termos, sim. Se a Livraria Cultura não fosse tão longe ou se a Palavraria tivesse umas promoções bem boas, de repente frequentava outras.
Mas não é sobre isso que o post trata. Comprei dois livros do Bernhard Schlink, pagando a bagatela de R$ 70. Há muito nao fazia isso por livros. Tanto que minhas últimas aquisições foram de livro em lojas de 1,99, aqueles mesmos que o autor Nei Duclós veio a me falar noutra hora. Na última leva, comprei 14 livros e paguei só R$ 35. É um contrasenso horrível. De qualquer forma, completei minha coleção de obras do Schlink. Ao menos as traduzidas. Caso tu tenhas lidos as postagens anteriores, lembrarás de que tratei sobre O outro e A menina com a lagartixa. Pois é, são dele. Agora adquiri O leitor, aquele mesmo do filme, e A volta pra casa. Pretendo avançar nessas narrativas até a metade do ano.
Justamente há um motivo claro pra isso: estou pensando seriamente em tratar sobre o herói degradado e sua aventura mítica nas obras desse autor. Talvez o tema seja meio singelo e aí mora meu receio. Caso seja muito pouco pra avançar nos estudos acadêmicos, terei - ah, que dor! - de tratar sobre as letras de metal... Acho que seria um trabalho muito bom de fazer, delicioso mesmo, mas muito mais difícil. Como professor, o trabalho consome muito tempo e, pra fazer uma boa produção, teria de rever meus horários pra tentar algo melhor. O problema é que teria de reduzir horas, acumular tempo na faculdade com leituras, projetos de pesquisa, montagem da tese. Ainda há tempo pra decidir, ao menos.
A ideia para tratar no doutoramento é analisar a aventura mítica do ser humano em busca de uma identidade desconstruída pelo próprio homem na pós-modernidade. Isso é meio nebuloso para alguns, na teoria, contudo a prática nos mostra cotidianamente o que quero dizer: pessoas que não sabem o que querem da vida, processo de infantilização do adulto, entre outros. Tudo isso me interessa e a literatura explora muito bem cada elemento. Com um pouco de teoria, somada ao bom senso de meu futuro orientador, creio que seja possível chegar a uma conclusão que me garanta uma titulação que ainda não temos na família. Haja tempo pra que tudo isso se realize.
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